17 février 2006

O protocolo de Quioto faz um ano

Nesse dia faz um ano da entrada em vigor do chamado "Protocolo de Quioto", aonde 34 países industrializados assinaram em 1997 um protocolo se comprometendo de limitar as emissões de gases de efeito estufa, queima de carvão e petróleo por exemplo, para se voltar à um nível inferior ao existente na atmosfera em 1990 (5,2%).

As emissões desses gases são de agora em diante reguladas por um sistema de cotas por tonelada de CO2 que podem ser compradas seguindo as leis da oferta e da procura.

Esse princípio gera um mercado internacional de emissões de dióxido de carbono e que deve estar operacional em 2008, ele servirá em princípio de regulador dos rejeitos globais de gases nocivos dos países industrializados.

No nível europeu já existe hoje uma "bolsa de valores" para essas cotas (Powernext Carbon), em janeiro último o volume de transação alcançou 1,9 milhão de toneladas de CO 2 , quando se sabe que a tonelada de gaz carbônico é negociada em torno de 26 euros, vê-se então que o mercado da fumaça representa mais de 50 milhões de euros em um mês.

O fato é que as empresas que ultrapassam a cota própria à cada uma delas, para não pagarem multa (em torno de 40 euros por tonelada, 100 euros em 2008) devem comprar, junto às empresas que não consumiram suas cotas, o necessário para equilibrar as contas. E de se prever que com o aumento do crescimento mundial, haverá escassez dessa "licença de poluir", o que fará fatalmente aumentar o preço da tonelada da fumaça. Quem poderia dizer há alguns anos atrás que a fumaça se tornaria uma mercadoria!

Visto como tal, pode parece que aqueles que tenham como pagar continuarão poluindo, mas a verdade é que, o nível de poluição sendo limitado para todos, cada vez mais penalizará o industrial poluidor em detrimento daquele que souber preservar o ambiente. Uma astúcia criada pelo protocolo é que um industrial de um país industrializado pode se liberar de uma parte das suas obrigações no seu território nacional se fizer um investimento limpo em um país em desenvolvimento.

A Rhodia provavelmente fará um investimento dessa natureza no Brasil (os pulmões dos cubatenses vão agradecer) para obter crédito de emissão de CO2 na França, junto às Nações Unidas.

E. T. : Os Estados Unidos que representam sós 25% das emissões de carbono do mundo não são signatários desse acordo, o que salva é que muito estados americanos têm um legislação cada vez mais rígida nesse aspecto, muito embora que o governo federal americano seja falho.

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